Esta provavelmente não é uma novidade, mas podemos dizer que este último período não foi o mais apreciado pela indústria de eventos, responsável por 4,32% do PIB brasileiro e com movimentação anual de R$ 1 trilhão. A pandemia do novo coronavírus afetou 98% do setor de eventos.
Então, o que fazer quando você é uma startup do setor de eventos e, de um dia para o outro, um evento após o outro é cancelado e falta visibilidade.
A cultura startup como a melhor aliada para resistir à tempestade
A transformação de uma dificuldade em uma oportunidade comercial é uma marca comum da cultura startup.
Como nos bons velhos tempos em que o projeto Digitevent nasceu, tivemos que encontrar e adaptar nosso modelo de negócios a um mercado transformado, projetar novas ofertas, entregar funcionalidades em tempo recorde e encontrar novos parceiros.
A juventude e a mentalidade dentro das equipes e, mais globalmente, no ecossistema startup, também é um fator determinante para o sucesso. A flexibilidade dos funcionários diante dos perigos e suas habilidades digitais são vantagens significativas no caso de mudanças repentinas (home office, novos processos organizacionais etc.).
Reagir rapidamente enquanto toma tempo para refletir.
Lucien Derhy, cofundador da Digitevent, faz uma retrospectiva dos últimos meses...
"Já no final de fevereiro, antecipamos cancelamentos e nos organizamos para limitar o impacto de uma crise cuja duração não fomos capazes de quantificar. Assim, congelamos o recrutamento (excluindo os desenvolvedores), organizamos o home office, tranquilizamos as equipes, ajustamos os ritmos de trabalho e tomamos a decisão de acelerar os investimentos tecnológicos, olhando para o futuro.
Em seguida, tomamos o tempo necessário para organizar um sprint estratégico de duas semanas para reunir as opiniões e necessidades de todos os interessados: funcionários, clientes, parceiros... Isto nos permitiu identificar, sem nenhuma ideia preconcebida, as novas questões que a pandemia de Covid-19 levantou. De certa forma, isso nos obrigou a dar um passo atrás que a pressa diária não nos permitia fazer".
Os novos eixos estratégicos
O desafio é responder aos novos problemas de um mercado em busca de novas referências e ajudar os organizadores na implementação operacional de soluções inovadoras: “foi necessário propor alternativas de ponta a ponta para todos os tipos de eventos: seminários, conferências virtuais, reuniões profissionais com encontros B2B...”
É em torno destas questões que o ecossistema tem sido estruturado desde o segundo trimestre de 2020.
A fim de evitar cancelamentos e limitar os adiamentos, reorganizamos nosso roteiro em tempo recorde, implantamos novas soluções tecnológicas, treinamos nossas equipes e reforçamos a comunicação em torno das novas ofertas a fim de obter reconhecimento em um mercado que ainda precisa ser desenvolvido.
Além deste treinamento interno, muito trabalho tem sido feito para orientar, explicar e apoiar clientes às vezes desorientados com os desafios destas novas problemáticas.
Também revisamos todos os nossos recursos (website, apresentações comerciais, casos de clientes, artigos, eBook sobre gestão de eventos virtuais...) para tranquilizar nossos clientes e parceiros sobre nossa experiência na gestão de eventos virtuais e híbridos de ponta a ponta.
Novas alianças apareceram no setor pois surgiu o desafio de divulgar as soluções. Por exemplo, as startups que oferecem tecnologias de streaming começaram a trabalhar com gerentes de palco e especialistas em captura de vídeo. O que era a exceção se tornou a regra, criando novas sinergias que serão promissoras nos próximos anos.
Uma visão geral do futuro da indústria de eventos
Como você viu, os eventos de 2020 são um pouco como a conquista do Ocidente!
Em uma palavra, a Covid-19 foi um catalisador para as startups. Aqueles em dificuldades, ou que sofreram de falta de visão, foram severamente apanhados pela realidade do mercado... Enquanto para outros, a pandemia serviu como um acelerador de inovação. Esta consolidação do mercado não deixou descanso para nenhuma empresa.
Qual é o lado positivo de tudo isso? Podemos esperar que o ambiente competitivo nos próximos anos seja, assim, mais completo, confiável e robusto.
Na maioria dos casos, o evento virtual continuará sendo um substituto valioso, mas imperfeito. Para provar, o conceito de "Zoom-Fatigue" (Fadiga do Zoom, em português) surgiu nesse meio tempo.
A maioria dos organizadores relata que o formato do evento físico continua sendo seu formato preferido para o período pós-pandemia. A maioria deles espera um recomeço em 2021, com a chegada da vacinação.